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Não costumo gostar muito do meu dia de anos, mas hoje, hoje senti-me grata pelo dia, pelos meus, pelo Amor, pela união. Hoje foi um bom dia. Que seja um Ano assim... Cheio de Amor, atitudes bonitas, cumplicidade, Saúde e presença ativa. 

O(s) meu(s) tic tac(s)

Nunca fui daquelas mulheres que sonhasse em ter filhos. Talvez porque não gosto de criar expectativas, talvez por não estar preparada, talvez por saber que mal eu coloque um Ser no Mundo a minha Vida irá girar em sua função. Tenho a certeza que serei uma óptima mãe, sempre tive. Mas também não necessita de ser de um filho biológico. Eu tenho um tic tac constante desde há dois anos para cá. Não o ouço mas sinto-o. Sei que o meu tempo é contado, demasiado. Hoje, surpreendentemente, começou o meu outro tic tac. Um sorriso e cheirinho de bebé accionou aqui qualquer botão hoje. Foi a primeira vez que ouvi o meu tic tac biológico e confesso que fiquei assustada. Muito assustada. Agora não. Vou ver se tiro as pilhas ao relógio e já volto, ou talvez o outro tic tac as tire por mim. 

Das luta(dora)s

Nunca tive nada na vida de mão beijada e também nunca fui das bafejadas pela sorte. Tudo o que Sou e tudo o Possuo é fruto do meu suor, sangue e muitas lágrimas. É um ciclo sem fim, interminável, em todos os aspectos. Estas lutas seguem de mão dada com o medo, o que me consome os pensamentos e as emoções. Mas, independentemente do que for... Nunca me rendo ao medo. Vou à luta com o medo, sempre, porque sei que faço o que Sinto. Sou fiel e leal ao que Sinto. Mesmo que à partida já vá vencida, sei que na chegada sou vencedora! Só os que lutam sabem o verdadeiro sabor de uma chegada... mesmo que não seja recheada de purpurinas e unicórnios. Eu sigo a luta(dora) de sempre... Algumas comigo mesma, talvez as maiores. O que sentimos e não queremos sentir, o que queremos dizer e não podemos/devemos dizer, o que pensamos e não queremos pensar... Uma luta constante e com as tripas de fora, principalmente para uma emocional e intensa como eu. Mas... acredito nas chegadas, acredito nas aprendizagens e acredito que a Vida ainda me vai retribuir o que lhe dou. Ou tento. 

A Bela e o Monstro

Este é talvez o filme que mais vi na minha vida. Foi desde sempre o filme da Disney que mais me toca. Hoje, num dia chuvoso e cinzento, nada melhor que revê-lo. Revejo-o sempre com o mesmo entusiasmo e inocência de infância. Hoje perguntei-me o porquê de ser este o filme que mais me toca, e encontrei várias razões... todas elas repercutidas na minha maneira de ver o Amor e Mundo:

1) A Bela é uma menina diferente, tem o seu Mundo próprio. É doce mas lutadora, fiel ao que sente e pensa.

2) Um verdadeiro bom coração vence qualquer cicatriz de maldade. E estarmos rodeados das pessoas "penso" certas ajudam a atenuar todo o tipo de cicatrizes.

3) Por trás de um mau feitio... está sempre um coração ferido que precisa de carinho, Amor e mimos. 

4) O Amor transforma, tudo e todos. O verdadeiro Amor transborda-nos para o Melhor, sempre.

5) Quem Ama liberta, quem Ama Vê a sua felicidade na felicidade do Outro.

6) O essencial é sempre invisível aos olhos, sempre. O que nos faz apaixonar vai muito além do superficial e visível.
7) Esta música... Esta música... <3 nbsp="" p="">

Empatia

Sempre achei que esta é uma das minhas maiores qualidades. Continuo a achar, mesmo tendo em conta os factores actuais da minha Vida. Eu coloco-me sempre no lugar do Outro, nas suas motivações e nos seus fardos/cicatrizes. Pergunto-me muitas vezes porque não recebo o mesmo do Outro lado, todos os dias, nas pessoas que me rodeiam. As pessoas estão tão fechadas nos seus Mundos e nas suas dores que não conseguem Ver a alma do Outro... ou não querem. O egocentrismo carrega verdades de conveniências emocionais. Que eu nunca perca esta capacidade de Ver a pessoa que está ao meu lado, sem julgar ou diminuir dores e angústias. Que eu consiga ter o discernimento de aceitar a diferença sem discriminações ou olhares supérfluos. Que eu não perca a capacidade de Ver e Escutar, mesmo quando o que me rodeia seja um Mundo virado ao contrário. Que eu nunca me perca de mim mesma. Que eu saiba sempre ser arco-íris numa tempestade de alguém. 

Cheers

Dos "meus meninos"

Já há muito que não vinha a este cantinho que tanto de Mim tem... E tanto mudou nestes meses... Tantas palavras para dizer, tantas emoções para descrever... Mas ficarão para outras escritas. Hoje venho só falar, de forma simples, das pessoas mais especiais do Mundo. Especiais em todos sentidos. No fim-de-semana passado fui ao almoço de Natal da APPACDM de Arganil. Conheci o João no Verão, casualmente, numa ida à piscina com as minhas sobrinhas. O João é um deficiente intelectual lindo de morrer. O meu doce João tem uns olhos verdes tão transparentes e vivos quanto a sua alma e o sorriso mais colorido que eu já vi. A sua inocência emociona-me sempre, tanto. No domingo pensava que já nem se ia lembrar de mim... Mas mal me fitou com o olhar, sorriu e deu-me a mão. Cumprimentou-me e, de mão dada, fui conhecer todos os que eram importantes para ele. Ele escolheu-me para entrar no Seu Mundo e isso deixou-me tão feliz. Mal ele sabe que o acto de dar a mão para mim é tão importante e tão íntimo. Só dou a mão e só quero a mão de quem me é verdadeiramente importante. Conheci a Flávia, a sua namorada, deficiente intelectual também... linda e talentosa. Por momentos quis mudar de rumo... deixar fórmulas, equações e ciência... e quis estar no Mundo das Emoções e das Relações Humanas. É tão bom o Amor no seu expoente máximo da simplicidade, despreocupação e inocência. A doçura, meiguice e afecto que se vislumbra é tão grandioso e intenso que me transborda as emoções. Todos eles me transbordam... São tão maiores do que eu... E tenho tanto orgulho em ti minha Katisha. Vi o carinho gigante e a dedicação que lhes tens e que eles retribuem de forma tão simples e ternurenta. És tão bonita, em todos os sentidos. Tens as minhas mãos à tua disposição para estes meninos, e a ti dou-te a mão e o regaço desde sempre e para sempre. <3 nbsp="" p="">