quinta-feira, 28 de abril de 2016

E no Dia do Sorriso...


... Nada como arrancar um dente! ahahaha Só a mim.

P.S. Muito obrigada minha pequenina!

domingo, 24 de abril de 2016

Uma pessoa...


.. tem de aturar cada pessoa mais limitada e estúpida. Haja paciência!

sábado, 16 de abril de 2016

Tudo o que levamos...


... da Vida, é o Bem que fazemos. Não o bem de quem faz para parecer bonito, o Bem que vem de dentro. E hoje estou MUITO Feliz. Já vos falei na PAJÉ. Eu sou voluntária nesta Associação e (a)braço um jovem, o JB. O JB é um menino com o coração do tamanho do Mundo mas com muitas lacunas emocionais e, especialmente, intelectuais. A instituição chutou-o para fora aos 18 anos. Sem família e com as dificuldades que possui, andou pela rua... Passou fome, andou em caminhos complicados. O mentor deste projecto, o meu amigo JPG, foi o seu anjo, desde sempre, e conseguiu salvá-lo desta vida desregrada. Graças ao mentor e agora à PAJÉ, o JB reencontrou caminhos e laços. Sei que o (a)braçarei eternamente dadas as dificuldades inerentes à sua independência.  Quando aceito um projecto, seja ele qual for, só o faço porque tenho consciência que estarei de corpo e alma... por inteiro. O JB fez anos esta semana e hoje fizemos uma festa surpresa. E assim me dediquei à festa do JB, em todos os pormenores. A minha querida parceira de (a)braço, M., confeccionou o bolo (divinal). Conheci pessoalmente o JB pela primeira vez! Ainda é mais doce e meigo do que pensava. Como dizia um amigo que levei comigo... É bom e raro ver Humanidade. É bom e raro ver a felicidade de alguém como o JB... que sente que é importante, que não está sozinho. É tão bom e raro sentir o que senti hoje... Gratidão e Felicidade por viver e fazer parte de tudo isto! :) 

quarta-feira, 13 de abril de 2016

O Beijo

"Os nosso olhos, meus e teus, como os nossos olhos
sérios e parados numa certeza, dois espelhos a reflectirem-se,
um lago diante de um lago, uma montanha sempre,
para sempre, diante de uma montanha, os nossos olhos
são essa certeza no momento em que os nossos rostos
começam a aproximar-se, e muito devagar, como um
instante definitivo, fechamos as pálpebras sobre os olhos
porque abrimos universos dentro de nós, e a respiração
que sentimos na pele, que não sabemos se é tua ou minha,
é a respiração que ouvimos como tempestades de
uma hora de pânico e ânsia cega, oceanos à noite, praia
de afogados nocturnos e solitários que dão à costa e,
ao mesmo tempo, marés de verão, risos de crianças
como espuma de ondas, praia de brilho e mar, maré,
respiração que sentimos na pele,

e o tempo pára,

o tempo que passava pára no instante definido concreto,
em que um ponto dos teus lábios toca um ponto simples
de carne sensível dos meus lábios, o tempo é a paisagem
parada à nossa volta, que arde com as chamas de um
incêndio, entro no interior de ti para procurar-te, corro e corro
dentro da tua escuridão, salto troncos caídos, os meus
passos agarram-se à terra e levantam as folhas que
a chuva derrubou dentro de ti, beijo-te como se chorasse,
e tu encontras todos os caminhos dentro de mim, sem
palavras, pedes que te abra estradas e fico a ver-te enquanto
te afastas e te aproximas mais e mais do centro único
do meu interior, da minha única escuridão, beijas-me
como se chorasses, e será sombra, penumbra, ou será uma
explosão de luz, uma força incandescente que explode,
que nos empurra o peito, que nos lança para longe, que nos
lança no ar, que nos dispara no céu, os meus teus lábios
os teus meus lábios,

e o tempo recomeça,

assente num instante medido com uma régua na superfície
limpa livre do tempo, os nossos rostos não querem afastar-se,
mas, na pele sensível, o último toque do último ponto dos meus
e dos teus lábios, e a respiração, há universos que voltam a ser
arrumados, aquilo que tocámos e que explodimos volta
de novo ao seu lugar, e a respiração, estendem-se de novo
os rios, é longo o vento, abrimos as pálpebras sobre os olhos
e somos de novo a segurança da nossa certeza, e os nossos
absolutos olhos, meus e teus, são dois espelhos a reflectirem-se,
são um lago diante de um lago, são uma montanha sempre
para sempre, diante de uma montanha."

José Luís Peixoto

terça-feira, 12 de abril de 2016

Do Amor


"Quando se gosta de alguém, todas as outras ficam a preto-e-branco e sem sal. Como se o daltonismo não fosse um problema dos olhos, mas uma mensagem que o coração manda, quando já está ocupado pelas cores de alguém."

Hugo Rodrigues

O meu lado romântico-sonhador está adormecido, mas nunca esquecido. Porque esta frase me fez sorrir hoje pela simplicidade e veracidade! :)