quinta-feira, 30 de novembro de 2017

O meu Amor


Podia ser o título da canção do grande Jorge Palma, mas não. O meu Amor chegou de mansinho, na tranquilidade e serenidade do reinado da descrença. A luz do seu bom coração, a transparência do seu sentir e o calor do seu querer, trespassaram a minha alma e fizeram brotar o doce Amor em mim. Ele não vê o que eu vejo. O meu Amor vive longe do meu corpo. As chegadas sabem a Primavera e as partidas a Outono. Não há um dia que não deseje o seu calor, o seu toque, o seu beijo, que tanto me aconchega e preenche. Não há um dia que não deseje que o seu colo me limpe as lágrimas e os seus olhos doces me acalmem os medos. O meu Amor é altruísta, escrupuloso e doce. O meu Amor é esforçado, responsável mas inseguro do que É, só porque a Vida ainda não lhe deu as oportunidades devidas. O meu Amor é dedicado e saudosista. A distância crava o seu coração, todos os dias. A solidão dos dias, longe dos que Ama, transforma o seu precioso coração em Inverno. Rezingão, é certo :P Mas um tesouro precioso... banhado a nobreza e doçura. O meu Amor é o meu tesouro. 

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Da Fé e dos Dons



Se os temos e nos foram dados, porquê guardá-los? :)

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Das coisas boas


A vida é feita dos pedacinhos que deixamos e levamos aos outros. Em todos os meus internamentos, fiz amigas. A S., uma mulher serena de 39 anos que quer muito ser mãe e os miomas que tinha não deixavam. A O., uma mulher divertida de 55 anos que lhe havia sido diagnosticado cancro do endométrio. Quando teve alta eu tinha acabado de chegar da operação e, ainda meio atordoada, senti as suas festinhas na cara a despedir-se. Arrumou-me a mesinha de cabeceira deixando só o meu terço em cima. A A., uma mulher doce de 52 anos que tirou um nódulo na mama e amava a sua neta, exibindo com orgulho as fotografias que possuía. A E., uma mulher inteligente de 65 anos que havia perdido tudo nos incêndios de Castanheira de Pêra e tinha sofrido uma histerectomia. A G., uma mulher culta de 72 anos que devido à idade tirou o útero e me deixou um livro como prenda "E se eu fosse Deus". Curioso... :) No meio do caos, do medo e da incerteza, é isto que mais importa. 

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Escolhas


Todos os dias me pergunto se sigo o caminho certo. Se as escolhas que faço são as mais correctas, se os trilhos que palmo são os que me levam ao sítio certo (seja ele qual for). Nunca saberei... a única coisa que sei é que independentemente da escolha que faça, faço-o sempre com o coração e com honestidade. Faço-o porque sinto ser o melhor e mais correcto, para mim e para os outros. Posso ser mal interpretada... Sentirem desinteresse ou falta de sacrifício, ou pior... falta de vontade. Não, nada do que me move é isso. O Amor é o que me move... A mim e aos outros. E lamento... lamento mesmo muito se a Vida não conspira a meu (nosso) favor. Lamento perturbar a Vida dos outros com as minhas escolhas. Mas só sei ser assim... Inteiramente honesta ao que trago no peito.