Como sempre, hoje fui dar catequese de manhã. Os meus miúdos (6º volume) são um dos volumes mais complicados. Têm tanto de bom coração como de competitivos. Isso leva a que sejam bastante implicativos uns com os outros. A minha paciência moldou-se com o tempo... e a maneira de lhes tocar também. Hoje, numa catequese "banal"... Perguntei-lhes quem eram as pessoas especiais na vida deles e porquê. Muitos responderam família e amigos. Já no fim de todos falarem, o G. falou e disse: "Eu, eu tenho uma... Uma menina que eu gosto e me despedaçou o coração". E pensam vocês que ele estava a brincar... Não estava. Os outros meninos ficaram em silêncio e eu sorri-lhe. Expliquei que por vezes as pessoas especiais também nos magoam, até sem intenção. Que o principal é serem amigos, mesmo sem o Amor. E ele concordou. O G. é um menino hiperactivo, MUITO. Tenho imensa dificuldade em captar a sua atenção. O G. passou a catequese sentado e a responder-me a tudo, a fitar-me com os seus olhos bem doces cor de mel. No fim perguntei como se relacionavam com essas pessoas e quando estavam muito tempo sem falar, o que sentiam. O G. disse-me que quando nós gostamos muito de alguém, usamos um diminuitivo/alcunha para o chamar. Eu fiquei espantada... nunca tal ideia me veio à mente. Mas é bem verdade. Mais tarde, chamei-o e saiu-me um "Guh, anda cá". Ele olhou-me e riu-se dizendo: "Trataste-me por Guh!". Pois... Senti um calorzinho na alma e no coração. Por vezes é só isto... a simplicidade de se sentir e Ver especial num diminuitivo da boca de alguém. Digo muitas vezes, é o Amor que nos salva... E cada vez tenho mais certeza disso. :)
As crianças dão-nos grandes lições.
ResponderEliminarEmocionei-me com este texto.
Um abraço e uma boa semana
Dão mesmo Elvira :) Um grande beijinho
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