
Hoje deparei-me com esta frase. À primeira vista parece cliché mas tem muita (toda) a verdade embutida nela. Despir a (minha) alma não é para todos, eu diria que é mesmo para muito poucos. É difícil encontrar quem tenha a capacidade, inteligência e paciência de a querer desfolhar... folha por folha. Também é algo assustador. Despirmo-nos em frente aos outros engloba exposição, dos defeitos e das virtudes, dos medos. É preciso ter confiança e segurança em quem nos despe, ou um click no momento certo. Mas... se nos forem despindo sem darmos por nada, passa de assustador a perfeito. Na prática, é essencial que quem nos despe, saiba preservar e valorizar o que encontra, sem julgamentos... pedaços raros de história e de emoções que merecem ser guardados e cuidados. Cuidar... Esta é a palavra. Despir a alma (e não só), é cuidar do Outro. Valorizar o que É e o que tem. Implica reciprocidade, cumplicidade e respeito. Por isso é que é tão difícil encontrar. Todos são capazes de despir corpos, agora despir almas... são raros, muito raros.