O tempo avança, corrido... consumindo-nos as palavras e criatividade. E assim se passam três anos sem dar conta. Os últimos três anos foram transformadores... Com perdas (muito) dolorosas, caminhos turtuosos. Mas também de transformações ricas e de Vida. E agora estou aqui... Vou ser Mãe dentro de 3 meses. Voltarei aqui para tentar exteriorizar esta Emoção de Sentir Vida e Amor. Para já, vim só tirar o pó das palavras. :) Voltei.
Sou uma eterna romântica. Fã de filmes da Disney, fã de finais felizes. Desde há muito que o meu lema é que o Amor é que nos Salva, sob todas as formas e feitios. A nossa maior dádiva aos outros e a nós próprios é o Amor. Contudo, o Amor é um Caminho e não uma paragem. Implica esforço, dedicação e vontade. Hoje, em retrospetiva da minha Vida de Amor em casal, percebo que tantas foram as sementes de Amor que lancei em terrenos inférteis, outras em terrenos férteis mas em condições diferentes do que a minha semente precisava para crescer saudável. Nem sempre os terrenos são compatíveis com a nossa semente, ou podendo sê-lo, pode não ser o tempo e espaço para que possa crescer. Ainda assim, uma das minhas melhores qualidades é a resiliência... E mesmo com medo, sempre atirei a semente para os terrenos que achei que seriam ótimos e compatíveis comigo. Nunca poupei o (meu) Amor nem o verbo amar. Há sempre O terreno que se adequa perfeitamente à nossa semente, com riqueza e aconchego, que nos permite desabrochar e crescer e SER, sem medos e restrições. Como diz um dos meus filmes preferidos: "The greatest thing you'll ever learn is just to love and be loved in return". Que nunca poupemos o nosso Amor, por medo da rejeição ou da falha, por medo da falta de reciprocidade. Podemos falhar uma, duas ou três vezes... Mas não será eterno. E um dia, um dia conhecemos o verdadeiro sentido da palavra Amor na reciprocidade. O Amor como uma Casa, segura e confortável... com sabor a doçura e quente e iluminada como o Sol de Primavera. Nunca desistam do (Vosso) Amor.
Até aos 18 anos, sempre dormi de luz acesa. A escuridão completa é algo que me incomoda, até aos dias de hoje. Contudo, adoro ambientes escuros com pequenas luzes... Podem ser velas, podem ser luzinhas de presença, podem ser faróis, pode ser a lua. A luz no meio do breu traz-me esperança e tranquilidade. Sempre me achei Luz na escuridão dos Outros. Hoje em dia, já não sei se o sou, ou onde perdi a intensidade. A minha Luz é alimentada de Amor, Amizade e Lealdade... E sinto-me tão longe das minhas Pessoas-Luz. Procuro alimento e encontro muito pouco do que procuro, ou então a fome é maior. Já fui feita de conforto e regaços abertos. Já fui feita de sorrisos fáceis e abraços calorosos. Já fui feita de palavras que embalam e confortam. Já fui feita de coragem e sonhos bonitos. Já dei tudo de mim para iluminar quem precisa. Já me queimei com a minha própria Luz, por dentro, intensamente. Já fui menos sábia também. Vendo bem, a minha Luz não desaparece. As pessoas-Luz nunca desaparecem... Só ficam no escuro, à espera de alimento para iluminarem. No fundo as Pessoas Luz só são Luz porque têm Luz à sua volta... Uma cadeia sem fim de Amor e esperança que existe, a maior parte das vezes nos dias mais escuros. Quanto maior a escuridão, maior o brilho da Luz. Sim, é isto que quero Ser. Talvez não Hoje, mas Amanhã com toda a certeza.
Talvez esteja a passar umas das fases mais tumultuosas interiormente da minha Vida. Sempre fui uma mulher de raízes. A minha família, os meus animais, a minha terra, a minha cidade, as tradições. Sempre fiz amigos facilmente e também facilmente me inseria em qualquer ambiente. Também sempre fui interventiva e participativa na vida social que me rodeava... a Junta de Freguesia, a Igreja, as Associações, as Colectividades. Sempre soube bem onde pertencia e a quem. Hoje, tudo mudou. Mudei de cidade... e não me reconheço. Sinto que perdi o brilho de outrora e a felicidade também. Não me sinto parte deste lugar nem das pessoas que nele habitam. Eu adoro a cidade, mas não me sinto parte dela. As pessoas não me cheiram a família e não tenho o calor do familiar e do Amor que alenta. E estas pessoas também não me conhecem, talvez pensem que sim... Mas eu Sou tão mais do que o que sou agora. Sempre fui um pouco solitária mas nunca sozinha. Mas agora, agora sinto-me sozinha... numa cidade que não me dá o calor e o companheirismo que gostava. Olho ao espelho e não me reconheço na tristeza que me vai dentro. Já nem as minhas raízes me fazem serenar. Pode ser uma questão de tempo, pode ser uma questão de mudança... Ou uma questão de resiliência. Só gostava de me Sentir bem, sentir-me Eu mesma. Quero o meu coração com novas raízes, algo que me faça Sentir parte desta Cidade e tudo o que ela embarca. Quero ter uma Casa fora de Casa.
Há dias, tipo o de hoje, em que tudo o que pode correr mal... corre. Dia para esquecer completamente. Lei de Murphy no seu expoente máximo. Que o Amanhã seja menos mau, já nem peço melhor.
Bom mesmo é os (Re)Encontros... Aqueles recheados de abraços sentidos e banhados de carinho! Aqueles delineados a Amor e saudade! E sorrisos... muitos! (Re)Encontros que se memoriam no passado, se vivem no presente e se esperanciam no futuro! <3 p="">
O meu Amor fez anos esta semana, longe do meu corpo mas sempre perto de mim. Os nossos relógios são cronómetros constantes e caminhamos guiados por eles. É um tempo contado que temos de fazer contar. Muitas vezes não é o que acontece. O meu Amor diz que sou bonita, mesmo quando não sinto que o sou. O meu Amor atura as minhas "bebedeiras" amnésicas de sono e ri-se. O meu Amor é atabalhoado nas palavras emotivas mas assertivo nas acções. O meu Amor dá-me a mão e miminhos quando eu choro. O meu Amor faz-me rir com as suas piadas sarcásticas. O meu Amor nunca me abandona, mesmo quando tenho crises existenciais e mau feitio nos dias maus. O meu Amor lê-me e compreende-me como ninguém. O meu Amor é presente, mesmo à distância. O meu Amor mantém a minha casa quente, a casa onde ele mora desde há quase 3 anos. Não têm sido tempos fáceis, nem serão enquanto a distância física existir. Mas o meu Amor fez assoalhadas fortes, quentes e cheias de doçura no meu peito com a sua nobreza, força, companheirismo, bondade e Amor. E eu gosto tanto de ti meu Amor. Mereces o Mundo mais bonito e toda a felicidade que ele engloba. Amo-te! <3 p="">
Janeiro sempre foi dos meses mais importantes e marcantes na minha Vida. Em Janeiro já ganhei muito e em Janeiro já perdi muito. Normalmente é dos meses mais decisivos e com os acontecimentos mais intensos. Talvez por isso, é dos meses que mais gosto... A intensidade, sempre a intensidade. Já neste Janeiro defini um caminho. Um caminho tem sempre entroncamentos. Esses entroncamentos levam-nos ora a estradas planas, serenas e com poucas lombas, ora a estradas acidentadas, com encruzilhadas e armadilhas. Nunca fui de escolher ou ter as estradas fáceis... Essas não me fazem Sentir... Não me fazem Crescer... Não me fazem Viver intensamente e dar tudo o que Sou. Tenho momentos que preferia Ser de outra forma, mas essa não era Eu. Escolhi a estrada mais difícil, tenho plena noção disso... Mas também sei que é a mais fiel e verdadeira, e comigo, não pode ser de outra forma... A intensidade. :)
Não costumo gostar muito do meu dia de anos, mas hoje, hoje senti-me grata pelo dia, pelos meus, pelo Amor, pela união. Hoje foi um bom dia. Que seja um Ano assim... Cheio de Amor, atitudes bonitas, cumplicidade, Saúde e presença ativa.
Nunca fui daquelas mulheres que sonhasse em ter filhos. Talvez porque não gosto de criar expectativas, talvez por não estar preparada, talvez por saber que mal eu coloque um Ser no Mundo a minha Vida irá girar em sua função. Tenho a certeza que serei uma óptima mãe, sempre tive. Mas também não necessita de ser de um filho biológico. Eu tenho um tic tac constante desde há dois anos para cá. Não o ouço mas sinto-o. Sei que o meu tempo é contado, demasiado. Hoje, surpreendentemente, começou o meu outro tic tac. Um sorriso e cheirinho de bebé accionou aqui qualquer botão hoje. Foi a primeira vez que ouvi o meu tic tac biológico e confesso que fiquei assustada. Muito assustada. Agora não. Vou ver se tiro as pilhas ao relógio e já volto, ou talvez o outro tic tac as tire por mim.
Nunca tive nada na vida de mão beijada e também nunca fui das bafejadas pela sorte. Tudo o que Sou e tudo o Possuo é fruto do meu suor, sangue e muitas lágrimas. É um ciclo sem fim, interminável, em todos os aspectos. Estas lutas seguem de mão dada com o medo, o que me consome os pensamentos e as emoções. Mas, independentemente do que for... Nunca me rendo ao medo. Vou à luta com o medo, sempre, porque sei que faço o que Sinto. Sou fiel e leal ao que Sinto. Mesmo que à partida já vá vencida, sei que na chegada sou vencedora! Só os que lutam sabem o verdadeiro sabor de uma chegada... mesmo que não seja recheada de purpurinas e unicórnios. Eu sigo a luta(dora) de sempre... Algumas comigo mesma, talvez as maiores. O que sentimos e não queremos sentir, o que queremos dizer e não podemos/devemos dizer, o que pensamos e não queremos pensar... Uma luta constante e com as tripas de fora, principalmente para uma emocional e intensa como eu. Mas... acredito nas chegadas, acredito nas aprendizagens e acredito que a Vida ainda me vai retribuir o que lhe dou. Ou tento.
Este é talvez o filme que mais vi na minha vida. Foi desde sempre o filme da Disney que mais me toca. Hoje, num dia chuvoso e cinzento, nada melhor que revê-lo. Revejo-o sempre com o mesmo entusiasmo e inocência de infância. Hoje perguntei-me o porquê de ser este o filme que mais me toca, e encontrei várias razões... todas elas repercutidas na minha maneira de ver o Amor e Mundo:
1) A Bela é uma menina diferente, tem o seu Mundo próprio. É doce mas lutadora, fiel ao que sente e pensa.
2) Um verdadeiro bom coração vence qualquer cicatriz de maldade. E estarmos rodeados das pessoas "penso" certas ajudam a atenuar todo o tipo de cicatrizes.
3) Por trás de um mau feitio... está sempre um coração ferido que precisa de carinho, Amor e mimos.
4) O Amor transforma, tudo e todos. O verdadeiro Amor transborda-nos para o Melhor, sempre.
5) Quem Ama liberta, quem Ama Vê a sua felicidade na felicidade do Outro.
6) O essencial é sempre invisível aos olhos, sempre. O que nos faz apaixonar vai muito além do superficial e visível.
7) Esta música... Esta música... <3 nbsp="" p="">
Sempre achei que esta é uma das minhas maiores qualidades. Continuo a achar, mesmo tendo em conta os factores actuais da minha Vida. Eu coloco-me sempre no lugar do Outro, nas suas motivações e nos seus fardos/cicatrizes. Pergunto-me muitas vezes porque não recebo o mesmo do Outro lado, todos os dias, nas pessoas que me rodeiam. As pessoas estão tão fechadas nos seus Mundos e nas suas dores que não conseguem Ver a alma do Outro... ou não querem. O egocentrismo carrega verdades de conveniências emocionais. Que eu nunca perca esta capacidade de Ver a pessoa que está ao meu lado, sem julgar ou diminuir dores e angústias. Que eu consiga ter o discernimento de aceitar a diferença sem discriminações ou olhares supérfluos. Que eu não perca a capacidade de Ver e Escutar, mesmo quando o que me rodeia seja um Mundo virado ao contrário. Que eu nunca me perca de mim mesma. Que eu saiba sempre ser arco-íris numa tempestade de alguém.
Já há muito que não vinha a este cantinho que tanto de Mim tem... E tanto mudou nestes meses... Tantas palavras para dizer, tantas emoções para descrever... Mas ficarão para outras escritas. Hoje venho só falar, de forma simples, das pessoas mais especiais do Mundo. Especiais em todos sentidos. No fim-de-semana passado fui ao almoço de Natal da APPACDM de Arganil. Conheci o João no Verão, casualmente, numa ida à piscina com as minhas sobrinhas. O João é um deficiente intelectual lindo de morrer. O meu doce João tem uns olhos verdes tão transparentes e vivos quanto a sua alma e o sorriso mais colorido que eu já vi. A sua inocência emociona-me sempre, tanto. No domingo pensava que já nem se ia lembrar de mim... Mas mal me fitou com o olhar, sorriu e deu-me a mão. Cumprimentou-me e, de mão dada, fui conhecer todos os que eram importantes para ele. Ele escolheu-me para entrar no Seu Mundo e isso deixou-me tão feliz. Mal ele sabe que o acto de dar a mão para mim é tão importante e tão íntimo. Só dou a mão e só quero a mão de quem me é verdadeiramente importante. Conheci a Flávia, a sua namorada, deficiente intelectual também... linda e talentosa. Por momentos quis mudar de rumo... deixar fórmulas, equações e ciência... e quis estar no Mundo das Emoções e das Relações Humanas. É tão bom o Amor no seu expoente máximo da simplicidade, despreocupação e inocência. A doçura, meiguice e afecto que se vislumbra é tão grandioso e intenso que me transborda as emoções. Todos eles me transbordam... São tão maiores do que eu... E tenho tanto orgulho em ti minha Katisha. Vi o carinho gigante e a dedicação que lhes tens e que eles retribuem de forma tão simples e ternurenta. És tão bonita, em todos os sentidos. Tens as minhas mãos à tua disposição para estes meninos, e a ti dou-te a mão e o regaço desde sempre e para sempre. <3 nbsp="" p="">
